Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
2 Coríntios 5:17
É automático que, após ter um encontro vivo com um Jesus vivo, o Espírito Santo faça brotar em nós uma série de percepções, sensações, sentimentos e desejos. Gálatas 5:23 nos revela sobre o Fruto do Espírito: o resultado de Cristo em nós.
Uma das consequências mais imediatas deste operar do Santo Espírito é o olhar para fora, para os lados: a bondade e benignidade como motores de transformações sociais.
Se um viver egoísta e ególatra consegue conviver de maneira natural e indiferente com as mazelas que estão ao nosso redor, uma vida dirigida pelo Espírito de Cristo está sempre atenta “para além do próprio umbigo”.
Faz parte da dinâmica do ser em Cristo ser em coletividade. Os ensinamentos bíblicos sobre o “Corpo de Cristo”, evidentes em várias cartas de Paulo, tornam nítido o quanto é impossível viver só para si a partir do instante em que se é nova criatura em Cristo (Rm 12:5; 1 Co 12: 12-27; Ef. 4:4).
E nesse sentido, urge dentro de nós sermos instrumentos de transformações sociais: transformações que não levam apenas um gélido “Deus te abençoe” para quem tem fome, mas além de levar o pão, questiona as estruturas sociais coniventes com a brutal desigualdade social que vivemos no século XXI (enquanto uns têm mais capital do que podem gastar em várias gerações, outros não tem o pão da manhã seguinte. Jesus não está nisso).
Ser nova criatura em Cristo: renegar o velho individualismo, egocentrismo, egoísmo. Nascer de novo em Cristo tem a ver com sentir pelo mundo o mesmo que sentiu Aquele que, além de multiplicar o pão e curar enfermos, deu a vida na cruz por todos nós.

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